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Tecnologia na Cardiologia: revolucionando o cuidado cardíaco

Os avanços tecnológicos dos últimos anos têm revolucionado várias áreas profissionais, incluindo o campo da cardiologia. Graças às inovações, temos novas abordagens e soluções para doenças cardíacas.

O uso da tecnologia na cardiologia tem deixado os diagnósticos mais precisos e os tratamentos mais eficazes. Inteligência artificialwearables e sistemas de monitoramento remoto possibilitam que o cuidado com os pacientes seja ainda mais personalizado e efetivo. 

Neste texto, vamos explorar algumas das principais inovações tecnológicas que estão revolucionando o cuidado cardíaco.

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Tecnologia na Cardiologia: revolucionando o cuidado cardíaco

A relação entre tecnologia na cardiologia e a evolução no cuidado cardíaco

 Quando falamos em cardiologia, a primeira imagem que vem à mente de muitas pessoas é a de um médico auscultando o coração. E isso faz sentido, afinal, no início da cardiologia, esse era o principal método para identificar os problemas cardíacos dos pacientes.

Com a criação do eletrocardiograma, no século 19, já foi possível entender mais detalhadamente o funcionamento do coração, por meio do registro gráfico de cada batimento cardíaco. Na década de 1950, surgiu o marca-passo, restaurando o ritmo normal dos batimentos cardíacos e que continuou evoluindo e melhorando significativamente a qualidade de vida dos portadores de doenças cardíacas.

Nos últimos anos, as mudanças proporcionadas pela tecnologia têm transformado ainda mais a cardiologia e o cuidado com o sistema cardiovascular.

 Procedimentos minimamente invasivos tornaram-se ainda mais precisos. O monitoramento remoto, por exemplo, reduziu a necessidade de visitas frequentes ao hospital. A inteligência artificial (IA) – tão falada nos últimos meses – tem acelerado a identificação de padrões que podem indicar riscos ou doenças cardíacas.

 Fato é que não se pode mais pensar em cardiologia sem citar os benefícios das novas tecnologias aplicadas à medicina.

 Por isso, nos próximos tópicos vamos falar sobre cinco inovações importantes que impactaram positivamente a cardiologia.

 

1. Diagnósticos avançados

A inteligência artificial tem sido uma importante aliada para reconhecer padrões e identificar possíveis problemas de saúde. Isso é feito por meio do monitoramento de diversos fatores, como frequência cardíaca, respiração e até mesmo dos movimentos diários.

 A Inteligência Artificial pode, por exemplo, prever o risco de ataque cardíaco por meio do escaneamento ocular. Essa tecnologia já existe e analisa aspectos como idade, tabagismo e pressão arterial para fazer essa avaliação.

O algoritmo tem precisão comparável aos métodos tradicionais e oferece uma maneira mais ágil de diagnosticar e avaliar o risco de seus pacientes.

Com a possibilidade de diagnóstico precoce, os médicos podem prevenir doenças, começar tratamentos antecipadamente ou sugerir mudanças no estilo de vida dos pacientes que ajudarão a melhorar a qualidade de vida.

 

2. Monitoramento remoto do coração em tempo real

 Diferentes aparelhos possibilitam que o coração do paciente seja monitorado à distância.

 O eletrocardiograma (ECG) portátil pode ser conectado a um notebook para a análise dos dados e fornecer informações sobre ritmo cardíaco, arritmias, bloqueios e outras alterações relevantes.

 Outro dispositivo utilizado no monitoramento remoto é o Holter, que registra o ritmo do coração do paciente por um período prolongado, geralmente de 24 a 48 horas. Como o paciente pode ir para casa usando o Holter, é possível detectar alterações no ritmo cardíaco que podem ocorrer durante as atividades diárias.

 Os dispositivos wearables, como os relógios inteligentes, também podem registrar continuamente dados importantes, como frequência cardíaca, oxigenação sanguínea e qualidade do sono. Com isso, os próprios pacientes acompanham o funcionamento do coração e podem compartilhar informações importantes com os médicos.

Além dessas alternativas, também precisamos citar o BIOTRONIK Home Monitoring®, sistema pioneiro e premiado de monitoramento cardíaco remoto. Todos os dias, ele envia automaticamente grande quantidade de dados coletados do dispositivo cardíaco eletrônico implantado no paciente (marca-passo, desfibrilador, ressincronizador ou looper) para o Home Monitoring Service Center (HMSC).

Dessa forma, os médicos podem acessar o sistema facilmente para analisar a função cardíaca e verificar alertas sobre alterações relevantes na saúde do paciente e no status do respectivo dispositivo.

3. Intervenções minimamente invasivas

Grandes cirurgias, como a troca da válvula aórtica, que costumavam ser feitas exclusivamente com o peito aberto e incisões de grandes proporções, além da necessidade de circulação extracorpórea, já podem ser realizadas de forma minimamente invasiva, por meio de procedimentos avançados de cateterismo.

Isso significa que se tornaram mais seguras, já que as chances de complicações são menores. O tempo de recuperação também é reduzido significativamente. Alguns exemplos desses procedimentos são:

  • Ablação por cateterprocedimento usado para tratar arritmias cardíacas, como a fibrilação atrial. Usa energia de radiofrequência para isolar a condução do impulso elétrico pelas áreas doentes dentro do coração que perpetuam arritmias, restaurando assim o ritmo normal;
  • Angioplastia com colocação de stent: utiliza balões e stents (pequenas estruturas tubulares metálicas armadas) para desobstruir as artérias coronárias e restaurar o fluxo sanguíneo normal do coração.

4. Terapia por dispositivos implantáveis

Esses dispositivos estão cada vez menores, mais eficazes no tratamento de doenças cardiovasculares e com baterias que duram mais tempo, diminuindo a necessidade de idas ao médico.

 Eles utilizam sinais elétricos indolores para regular os batimentos cardíacos ou melhorar a função cardíaca. Assim, amenizam ou mesmo revertem os sintomas da doença e elevam a qualidade de vida do paciente.

 Muitos dispositivos implantáveis também podem enviar dados clínicos diretamente para os médicos, o que permite que o profissional identifique rapidamente os sinais de agravamento.

 

5. Big Data e Inteligência Artificial

Big Data é um grande volume de dados provenientes de várias fontes, incluindo registros eletrônicos de saúde, imagens médicas, pesquisas clínicas e outras. A análise desses dados pode oferecer percepções valiosas para melhorar o atendimento aos pacientes e ainda otimizar o tempo, gerenciar recursos e reduzir custos.

 No contexto da cardiologia, a análise de big data e das tecnologias de inteligência artificial (IA) têm um papel fundamental. As IAs podem ser usadas para auxiliar na interpretação de resultados de exames de sangue e também na análise de exames complementares  para detectar anomalias, lesões ou obstruções. Já o Big Data pode auxiliar na identificação de fatores de risco para doenças com diagnósticos mais precisos.

 Todas essas inovações citadas no texto trouxeram melhorias inestimáveis à cardiologia de forma geral. A possibilidade de oferecer diagnósticos assertivos e precoces, tratamentos mais eficazes e procedimentos menos invasivos é realmente revolucionária.

 É claro que, mesmo com todo esse avanço, a ética profissional e o atendimento humanizado não podem ser deixados de lado. Afinal, é o médico e não a máquina que está fazendo o acompanhamento do paciente, conhece o seu quadro e tem o conhecimento necessário para tomar as melhores decisões.

 O ideal é unir as vantagens que as tecnologias proporcionam com características tão exclusivamente humanas, como empatia, acolhimento, experiência e pensamento crítico.

 

Sobre a BIOTRONIK

A BIOTRONIK é uma empresa líder mundial em tecnologia médica com produtos e serviços que salvam e melhoram as vidas de milhões de pessoas que sofrem de doenças cardiovasculares. Impulsionados por um propósito de combinar com perfeição a tecnologia ao corpo humano, somos uma empresa dedicada a inovação, que desenvolve soluções cardiovasculares, endovasculares e neuromodulação confiáveis. A BIOTRONIK está sediada em Berlim, Alemanha, e está presente em mais de 100 países.