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O que é stent? Por que se tornou um avanço na cardiologia moderna?

Você sabe o que é stent? O implante deste dispositivo representa um importante avanço na Medicina, especialmente na área de Cardiologia, por ser menos invasivo e mais eficiente do que os procedimentos que antes eram utilizados para tratar doenças cardiovasculares.

Neste artigo explicaremos melhor o que é e como o stent funciona. Abordaremos também quais são os tipos mais comuns, quando o uso é recomendado, por quanto tempo ele permanece no organismo e os impactos na qualidade de vida dos pacientes.

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O que é stent e para que serve?

O que é stent e para que serve?

Explicando de maneira simples, o stent é uma prótese expansível no formato de um pequeno dispositivo tubular (ou rede em tubo). No geral, é feito de um tipo de matéria metálica, como aço, ligas de cromo, cobalto ou nitinol. O objetivo do stent é corrigir o estreitamento de estruturas do organismo.

No que se refere ao tratamento de doenças cardiovasculares, o stent é utilizado para desobstruir artérias e auxiliar a passagem do sangue. Dessa forma, se evita o entupimento dos vasos sanguíneos.

Na prática, quando é implantado na artéria coronária entupida, o dispositivo se expande e comprime a placa de gordura que impede a circulação normal do sangue. Esse procedimento é não cirúrgico e conhecido como angioplastia.

Quanto ao tipo de artérias que podem receber um stent, podemos apontar as carótidas, cerebrais, periféricas e coronárias. No entanto, o dispositivo também pode ser implantado em veias centrais, cólon, traqueia, ureteres, esôfago e ductos biliares. Embora exista essa variedade de aplicações, vale ressaltar que o stent cardíaco é o foco deste artigo.

 

Quais são os tipos mais comuns de stents cardíacos?

Existem três tipos principais de stents que são utilizados para tratar pacientes acometidos por problemas relacionados ao coração. São eles:

  • Stent convencional: esse dispositivo é desenvolvido com uma liga metálica fina e resistente. Alguns desses stents são feitos de cromo-cobalto, material que apresenta uma melhor radiopacidade, firmeza radial, elasticidade, densidade e resistência ao escoamento. No entanto, alguns stents são feitos de ligas de platina-cromo;
  • Stent farmacológico: também fabricado com uma liga metálica fina e resistente. Nesse tipo de stent, um fármaco (medicamento) é inserido diretamente na estrutura metálica. Dessa forma, se controla as doses medicamentosas, reduzindo o risco de processos inflamatórios (como trombose) após a introdução do dispositivo. Outro benefício é a redução das chances de ocorrer uma reobstrução da artéria tratada;
  • Scaffolds: O stent absorvível é um scaffold de magnésio reabsorvível eluidor de fármaco. O Scaffold é desenvolvido (com materiais poliméricos ou metálicos) de um modo que possa ser absorvido pelo organismo. Isso acontece porque esses scaffolds reagem quimicamente quando em contato com a parede dos vasos sanguíneos. Dessa forma, são transformados em água e dióxido de carbono. O resultado é a eliminação das placas de gordura e do próprio scaffold, que atuou como um molde para a artéria.

Agora que você já conhece os tipos de stents, a seguir esclarecemos em que casos o uso do dispositivo é recomendado.

Em que situações o uso de stent é recomendado?

No geral, o stent é aplicado em pacientes que possuem uma doença coronariana que resulta, por exemplo, em lesões obstrutivas de grande porte (mais de 70%) e entupimento de vasos sanguíneos. É muito comum que o dispositivo seja utilizado em angioplastias e para reparar fissuras em uma aorta enfraquecida, visando reforçá-la.

Por outro lado, o dispositivo pode não ser indicado para pacientes que têm vasos sanguíneos muito estreitos, com lesões extensas ou próximas a uma bifurcação. Para essas situações, existe um grande otimismo em relação aos stents bioabsorvíveis.

Segundo pesquisas publicadas pela National Library of Medicine, esse tipo de stent está sendo aprimorado para conseguir ser aplicado em veias mais finas e em lesões de bifurcações. Sendo assim, a perspectiva é que os bioabsorvíveis sejam usados em tratamentos cardiológicos mais sensíveis.

Como é feito o implante de stent cardíaco?

A introdução de um stent costuma ser rápida e, geralmente, o paciente recebe alta hospitalar em até 24 horas. A razão para essa eficiência é que o procedimento, embora invasivo, é menos agressivo que as tradicionais cirurgias de revascularização, já que não exige uma abertura do tórax.

Quanto ao tamanho do stent inserido, dependerá do tamanho da artéria danificada. Durante o procedimento da angioplastia, o stent é implantado por meio de uma artéria periférica, localizada no braço ou na perna. Em seguida, o dispositivo é guiado até a região obstruída. Quando chega nesse local, um balão que carrega o stent é inflado.

Então, ocorre a expansão do vaso sanguíneo e o fluxo sanguíneo é restabelecido e normalizado, de maneira imediata. Outro benefício é que o risco de uma cirurgia de implante de stent é mínimo.

No entanto, existem algumas condições que podem comprometer o sucesso do procedimento, como a calcificação de vasos sanguíneos do paciente, por exemplo. Porém, nesses casos o implante pode nem acontecer, já que existe uma grande possibilidade de ser contraindicado pelo médico.

Quanto tempo dura um stent no coração?

Não existe um tempo de vida útil para o stent. Sendo assim, não é necessária uma substituição. Entretanto, o paciente que recebe esse dispositivo é necessário realizar acompanhamento junto ao cardiologista. Dessa forma, é possível solicitar exames para avaliação do stent e da saúde do coração.

Esse cuidado é importante, pois existe o risco de o paciente ter um novo estreitamento da artéria (ou de outro vaso sanguíneo) que recebeu o dispositivo. Algo diferente acontece com o stent bioabsorvível. Seis meses após a sua implantação, o organismo já começa a absorvê-lo. Depois de dois anos, o stent desaparece da artéria.

Como explicado no tópico anterior, isso não significa que o paciente terá de inserir um novo dispositivo. Na verdade, esse tipo de stent cumpre seu objetivo ao ser absorvido: manter o vaso desobstruído e com o seu formato preservado.

Quem tem stent leva uma vida normal?

Existem estudos que comprovam os benefícios do stent na vida de pacientes. Um deles é o “Percutaneous coronary intervention in stable angina (ORBITA): a double-blind, randomised controlled trial”, publicado na revista científica “The Lancet”. 

Durante seis semanas (período de avaliação da pesquisa), os pacientes que receberam o stent registraram uma melhora no suprimento de sangue nos músculos, redução do estreitamento da artéria do coração e aumento no condicionamento físico.

Diante desses e outros benefícios proporcionados pelo stent, podemos dizer que o paciente pode levar uma vida muito próxima do normal. Porém, existem alguns cuidados a serem seguidos no dia a dia. Por exemplo:

  • Medicamentos: os remédios receitados pelo médico devem ser ingeridos na frequência recomendada. Alguns medicamentos serão tomados por toda a vida;
  • Alimentação saudável: pacientes que usam stents precisam passar por um processo de reeducação alimentar. Para isso, é importante contar com o direcionamento de um nutricionista especializado na saúde do coração;
  • Atividades físicas: o cardiologista indicará quais atividades físicas são apropriadas. Com o devido acompanhamento médico, o paciente consegue melhorar o bem-estar, energia, condicionamento físico e até a qualidade do sono.

Agora que você já sabe o que é stent e como ele ajuda pacientes a terem qualidade de vida, fica claro que se trata de um recurso valioso para a melhoria da saúde do coração. Como apontamos anteriormente, esse dispositivo é também um dos grandes avanços da cardiologia moderna.

A tendência é que novos estudos, pesquisas e tecnologias aprimorem ainda mais a eficiência dos stents cardíacos.

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Sobre a BIOTRONIK

Na BIOTRONIK, o bem-estar do paciente é nossa principal prioridade e tem sido por 60 anos. A BIOTRONIK é uma empresa líder mundial em tecnologia médica com produtos e serviços que salvam e melhoram as vidas de milhões de pessoas que sofrem de doenças cardiovasculares, assim como dor crônica. Impulsionados por um propósito de combinar com perfeição a tecnologia ao corpo humano, somos uma empresa dedicada a inovação, que desenvolve soluções cardiovasculares, endovasculares e neuromodulação confiáveis. A BIOTRONIK está sediada em Berlim, Alemanha, e está presente em mais de 100 países.