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Coração a mil: o que é taquicardia e por que acontece?

Você já sentiu seu coração batendo mais rápido do que o normal? Isso pode ser um sinal de taquicardia.

Embora possa soar assustador, é importante saber que nem sempre a aceleração do ritmo cardíaco é motivo para preocupação. Em alguns casos, no entanto, ela pode indicar a existência de um problema mais sério que requer acompanhamento médico.

Nesse artigo, vamos explicar o que é taquicardia, quais são os tipos, causas, sintomas mais comuns, e outros aspectos relevantes sobre o assunto.

 Boa leitura!

 

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Taquicardia ventricular

O que é taquicardia?

Taquicardia é o nome que se dá a todas as alterações na frequência dos batimentos cardíacos em que o coração bate mais rápido, ultrapassando 100 batimentos por minuto. 

 A taquicardia pode ser fisiológica, ou seja, uma resposta natural do organismo. Geralmente é provocada por estímulos emocionais, como estresse e medo ou após a prática de exercícios físicos, por exemplo.

 Há também as taquicardias patológicas, classificadas como arritmias cardíacas, que oferecem riscos à saúde e por isso precisam de cuidados médicos que envolvem um diagnóstico preciso e tratamento adequado.

 Por isso, se você sente o seu coração acelerar com frequência, se já tem doenças cardíacas ou histórico deste tipo de problema na família, é muito importante que você procure um cardiologista.

 

Quais são os tipos?

Existem ao menos 4 tipos de taquicardia. Cada um deles se refere ao local do coração onde está o problema que provoca a aceleração dos batimentos. Então, entender o que causa taquicardia passa por saber onde está a origem do descompasso.

 A especificação do tipo também vai ajudar o médico a entender qual é a opção de tratamento mais adequada para cada caso, já que as causas, sintomas e a gravidade são diferentes.

 Alternativas como medicamentos, exercícios físicos, ajustes na alimentação e no estilo de vida, e até mesmo o uso de dispositivos como os marca-passos podem ser consideradas para manter a saúde do coração.

 Confira a seguir quais são os tipos de taquicardia:

 

Taquicardia sinusal

 O coração possui um marca-passo natural. O nome dessa parte do corpo é o nó sinusal, localizado em uma das câmaras direitas do coração. É por meio dele que o seu organismo dará a resposta normal as situações do cotidiano, ajustando a frequência de batimentos cardíacos às necessidades e atividades do organismo, o que inclui desacelerar ou acelerar os batimentos – o que acontece, por sua vez, como a prática de exercícios físicos, estresse, ansiedade e uso de alguns medicamentos.

 De forma geral, a taquicardia sinusal é comum, benigna, natural - não apresenta riscos. Mas se acontecer de forma persistente ou associada a outros problemas de coração, procure um médico imediatamente.

 

Taquicardia supraventricular

A taquicardia supraventricular é um tipo de arritmia cardíaca que se origina acima dos ventrículos, nas câmaras superiores do coração – os átrios. Pode ser causada por diversos fatores, como estresse, ansiedade, consumo excessivo de cafeína ou problemas estruturais no coração.

 Em comparação à taquicardia sinusal, a supraventricular envolve uma frequência cardíaca maior de batimentos e causa sintomas mais pronunciados e preocupantes.

Taquicardia ventricular

Esse é um tipo que caracteriza um quadro mais grave. A taquicardia ventricular, que ocorre nos ventrículos no coração, requer atenção imediata porque resulta em um bombeamento ineficiente de sangue para o corpo.

 Pode ser causada por problemas estruturais no coração, doenças cardíacas pré-existentes, histórico de infarto ou uso de remédios.

 O tratamento inclui medicações específicas, intervenções elétricas e, em alguns casos, implante de desfibrilador cardíaco. É fundamental buscar ajuda médica para avaliação e manejo adequado dessa condição.

Fibrilação ventricular

A fibrilação ventricular é uma emergência médica que pode ocorrer devido a condições como doença cardíaca avançada, lesão cardíaca ou intoxicação por certos medicamentos, ou por drogas ilícitas. É, na verdade, uma forma de parada cardíaca.

 A condição requer ação imediata, como ressuscitação cardiopulmonar (RCP), desfibrilação elétrica e administração de medicamentos para restaurar o ritmo cardíaco normal – o que é feito sempre por profissionais da Saúde, com suporte avançado pré-hospitalar ou em salas de emergência. Essa condição costuma ser identificada de maneira emergencial em pessoas que perdem subitamente a consciência, pois, quando ocorre, os ventrículos do coração tremulam (“fibrilam”) de forma descoordenada, impedindo praticamente o bombeamento eficiente de sangue para o corpo. A perda súbita da consciência (síncope) acontece por causa dessa ineficiência dos batimentos cardíacos em levar sangue oxigenado ao cérebro. Se não tratada e revertida imediatamente, leva rapidamente à morte.

O que causa taquicardia?

Como já pontuamos, a taquicardia é causada por diversos fatores. Situações de origem emocional podem desencadear episódios de taquicardia, como a taquicardia sinusal ou, eventualmente, taquicardias supraventriculares. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o país com mais casos de ansiedade do mundo.

 Além disso, o consumo excessivo de cafeína, tabagismo, e o uso de alguns medicamentos e drogas ilícitas, por exemplo, podem contribuir para o aumento da frequência cardíaca.  Problemas estruturais no coração, doenças cardíacas, hipertensão arterial, alterações relacionadas à tireoide e desequilíbrios eletrolíticos também podem fazer o coração acelerar.

 Outros fatores incluem distúrbios metabólicos, condições médicas subjacentes, como febre, anemia e desidratação. Soma-se a esses o estímulo do sistema nervoso simpático (parte do sistema nervoso autonômico), que responde também às nossas emoções e sensações, refletindo em mudanças da frequência cardíaca, pressão arterial, entre outras funções. 

É importante ressaltar que a causa específica da taquicardia pode variar de pessoa para pessoa e que apenas um diagnóstico médico preciso é capaz de identificá-la. Por isso, nada substitui o conhecimento e a experiência do médico especialista.

Quais são os sintomas mais comuns?

Os sintomas da taquicardia podem variar de pessoa para pessoa, mas existem alguns que são frequentemente relatados. Conheça os mais comuns: 

  • palpitações;
  • sensação de coração acelerado;
  • batimentos cardíacos irregulares ou saltitantes;
  • falta de ar;
  • dor no peito;
  • ansiedade.

 Algumas pessoas também relatam uma sensação de "borboletas no peito", “pancada”, “solavanco” ou “tranco  ou a percepção de que o coração está "pulando" ou "correndo". Outros podem experimentar falta de ar e dificuldade para respirar durante os episódios de taquicardia.  Além disso, tonturas e desmaios podem ocorrer devido à redução do fluxo sanguíneo cerebral

É importante destacar que esses sintomas podem ser semelhantes a outras condições cardíacas ou de saúde. Por isso, é fundamental realizar exames clínicos e testes adicionais para que o médico chegue a um diagnóstico adequado. Como é feito o diagnóstico?

Existem vários exames que podem ajudar o médico a diagnosticar o tipo de taquicardia e escolher o tratamento mais eficaz para o quadro clínico do paciente.  

Os principais e mais comuns são:  

  • Eletrocardiograma (ECG): exame que registra a atividade elétrica do coração por meios de eletrodos colocados na pele e detecta irregularidades no ritmo cardíaco;
  • Monitor Holter: dispositivo portátil que registra o ritmo cardíaco do paciente durante um período de 24 a 48 horas e permite detectar episódios eventuais de taquicardia;
  • Teste de esforço: nesse teste, o paciente é submetido a esforço físico controlado em uma esteira ou bicicleta ergométrica. São analisados, principalmente, ritmo cardíaco e também a pressão arterial, antes, durante e depois do esforço. 

Há outros tipos de exames complementares. Entre eles estão o ecocardiograma, a ressonância magnética cardíaca e o estudo eletrofisiológico. Por meio deles, seu médico saberá com clareza se a taquicardia tem cura ou se precisará de tratamento contínuo.

 

Como prevenir?

A adoção de um estilo de vida saudável pode ajudar na prevenção da taquicardia. Tenha uma alimentação equilibrada, pratique exercícios físicos regularmente e evite o consumo excessivo de cafeína e álcool.

 Procure evitar situações que gerem estresse e ansiedade, e dê a devida atenção à sua saúde emocional.

Pequenas mudanças nos hábitos podem fazer a diferença. O autocuidado é muito importante para prevenir e controlar não apenas a taquicardia e outras arritmias cardíacas, mas problemas de saúde de uma forma geral.

É preciso deixar claro que a prevenção reduz os riscos, mas não necessariamente impedirá que a taquicardia se manifeste.

 Na dúvida, consulte um cardiologista!

 

Você pode estar se perguntando se taquicardia tem cura?

A boa notícia é que a taquicardia pode ter cura, dependendo do tipo e das causas subjacentes. Alguns casos podem ser tratados com sucesso por meio de mudanças no estilo de vida, medicamentos ou procedimentos médicos.  

Agora que você já sabe o que é a taquicardia e quais são os tipos e sintomas, esteja atento aos sinais. Busque ajuda médica se os episódios de aceleração dos batimentos cardíacos se repetirem com frequência.  

E se quiser saber mais arritmias cardíacas, leia o nosso artigo sobre fibrilação atrial.

 

Sobre a BIOTRONIK

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