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Conheça os principais sintomas de insuficiência cardíaca

A insuficiência cardíaca é uma condição em que o coração perde a capacidade de bombear o sangue de forma eficiente para todo o corpo. Com isso, órgãos e tecidos não recebem oxigênio e nutrientes suficientes para funcionar corretamente. Embora o nome possa parecer preocupante, existe tratamento e, com o acompanhamento certo, é possível conviver bem com a condição.

No Brasil, o tema tem ganhado cada vez mais atenção. De acordo com um estudo publicado no Brazilian Journal of Implantology and Health Sciencesforam registradas mais de 1 milhão de internações por insuficiência cardíaca entre os anos de 2014 e 2024. Os dados, coletados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/DATASUS), mostram que os números aumentaram, especialmente nos anos mais recentes.

Aqui, você vai entender melhor quais são os principais sintomas de insuficiência cardíaca, quando eles merecem atenção especial, como é feito o diagnóstico e quais são os caminhos de tratamento e prevenção. Boa leitura!

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Quais são os sintomas de insuficiência cardíaca?

Nem sempre é fácil perceber os sinais de que algo não vai bem com o coração. Muitas vezes, os sintomas aparecem de forma sutil e vão se intensificando aos poucos. Eles variam de pessoa para pessoa, dependem do estágio da condição e de outras questões de saúde, mas vale a pena conhecê-los para buscar ajuda médica iniciar o tratamento quanto antes. Veja quais são: 

  • Falta de ar: pode surgir durante esforços leves, como subir escadas, ou até mesmo em repouso. Em alguns casos, a pessoa acorda à noite com dificuldade para respirar.
  • Cansaço excessivo: a sensação de fadiga constante, mesmo após atividades simples, é comum quando o coração não consegue enviar sangue suficiente para o corpo.
  • Inchaço nas pernas, tornozelos ou pés: ocorre pelo acúmulo de líquidos, já que a circulação fica comprometida.
  • Ganho de peso repentino: pode ser resultado da retenção de líquidos, mesmo sem mudanças na alimentação.
  • Tosse persistente: geralmente seca, com piora ao deitar, que indica o acúmulo de líquido nos pulmões.
  • Batimentos acelerados ou irregulares: o coração tenta compensar o esforço com ritmo alterado.
  • Tonturas e desmaios: em casos mais avançados, a falta de sangue no cérebro pode causar esses sintomas.
  • Dificuldade para dormir ao se deitar completamente: muitas pessoas sentem necessidade de apoiar mais de um travesseiro para conseguir respirar melhor.

    Se você perceber a presença de mais de um desses sintomas, é recomendado procurar orientação médica. O diagnóstico precoce faz toda a diferença no controle da insuficiência cardíaca.

Os sintomas de insuficiência cardíaca são sempre graves?

A insuficiência cardíaca pode evoluir de forma lenta, e os sintomas iniciais costumam ser leves e fáceis de confundir com sinais de cansaço, estresse ou envelhecimento. É justamente por isso que, muitas vezes, a condição só é descoberta em estágios mais avançados.

No começo, o coração ainda consegue compensar dificuldade de bombear sangue. Nessa fase, os sintomas aparecem apenas durante esforços maiores, como praticar exercícios ou carregar peso. Com o tempo, se não houver tratamento, o organismo começa a sentir os efeitos dessa sobrecarga, e os sinais são mais frequentes e intensos. 

É importante destacar que nem toda falta de ar, inchaço ou cansaço significa insuficiência cardíaca, mas são sinais que merecem atenção quando se tornam persistentes ou mudam a rotina da pessoa. A avaliação médica é sempre o melhor caminho para entender o que está acontecendo e, se necessário, iniciar o cuidado adequado.

Quando os sintomas indicam urgência médica?

Em determinadas situações, a insuficiência cardíaca pode se manifestar de forma súbita e intensa, colocando a saúde em risco se não houver atendimento rápido. Por isso, se você ou alguém próximo apresentar um, ou mais dos sintomas abaixo, é importante procurar um pronto-socorro quanto antes:

  • Dor forte no peito que surge de repente e irradia para braço, mandíbula ou costas;
  • Falta de ar intensa e repentina, com dificuldade para respirar mesmo em repouso ou durante o sono;
  • Desmaios ou sensação de desfalecimento;
  • Palpitações muito aceleradas ou irregulares acompanhadas de mal-estar;
  • Inchaço súbito no corpo, especialmente nas pernas e abdômen, acompanhado de ganho rápido de peso.

Tosse com secreção espumosa ou com sangue.

Como é feito o diagnóstico da insuficiência cardíaca?

Quando há suspeita de insuficiência cardíaca, o médico cardiologista vai escutar com atenção os sintomas relatados, conhecer o histórico de saúde e realizar um exame físico detalhado. Esse momento serve para levantar hipóteses e entender o que pode estar acontecendo com o funcionamento do coração.

A partir daí, são solicitados alguns exames complementares para confirmar o diagnóstico e avaliar a gravidade da condição. Entre os mais comuns estão:

  • Eletrocardiograma (ECG): avalia o ritmo dos batimentos e pode mostrar sinais de alterações cardíacas;
  • Ecocardiograma: é uma ultrassonografia do coração que mostra o tamanho, a forma e o funcionamento das câmaras e válvulas cardíacas. É um dos principais exames para diagnosticar a insuficiência cardíaca;
  • Exames de sangue: ajudam a detectar marcadores como o BNP ou NT-proBNP, substâncias que aumentam quando o coração está sobrecarregado;
  • Raio-X de tórax: mostra aumento do coração e sinais de acúmulo de líquido nos pulmões;
  • Testes de esforço ou cintilografia cardíaca: utilizados para avaliar a capacidade do coração durante atividades físicas controladas.

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Quais são os tratamentos?

O tratamento da insuficiência cardíaca é individualizado, ou seja, adaptado às necessidades de cada paciente. Ele depende da causa do problema, do estágio da doença e das condições de saúde da pessoa. O objetivo principal é aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e evitar a progressão da doença.

As principais abordagens adotadas são:

  • Mudanças no estilo de vida: alimentação com menos sal, prática de atividades físicas leves (com orientação médica), controle do peso e abandono do tabagismo.
  • Uso de medicamentos: é comum o uso de remédios que ajudam a diminuir o esforço do coração, controlar a pressão arterial, reduzir a retenção de líquidos e melhorar os batimentos cardíacos. 
  • Acompanhamento frequente com o cardiologista: o controle regular permite ajustar o tratamento conforme necessário e acompanhar a evolução da condição.
  • Dispositivos cardíacos implantáveis: em alguns casos, o médico indica o uso de marcapassoressincronizadores cardíacos ou desfibriladores implantáveis, que ajudam a regular os batimentos e proteger contra arritmias gravesEsses dispositivos são indicados principalmente para pacientes com formas mais avançadas da insuficiência cardíaca.
  • Cirurgias cardíacas: em situações específicas, pode ser necessário realizar procedimentos para corrigir válvulas, desobstruir artérias ou até considerar um transplante cardíaco.

Com o tratamento adequado, muitos pacientes conseguem levar uma vida ativa, com menos sintomas e mais segurança. O segredo está em seguir as orientações da equipe médica, manter hábitos saudáveis e realizar o acompanhamento de forma contínua.

Como prevenir os sintomas da insuficiência cardíaca?

Prevenir a insuficiência cardíaca significa cuidar do coração ao longo da vida, e isso vale tanto para quem já teve algum problema cardíaco quanto para quem quer evitar futuras complicações. A boa notícia é que muitas das medidas de prevenção são simples e acessíveis, e fazem bem para o corpo como um todo.

Manter o coração saudável envolve fazer escolhas diárias que, com o tempo, se transformam em hábitos. Conheça algumas maneiras de reduzir o risco e prevenir o surgimento ou agravamento dos sintomas:

  • Acompanhar regularmente a saúde com check-ups médicos;
  • Controlar a pressão arterial, o colesterol e o diabetes, se presentes;
  • Adotar uma alimentação equilibrada, com menos sal, gordura e alimentos ultraprocessados;
  • Praticar atividade física com regularidade;
  • Evitar o tabagismo e reduzir o consumo de álcool;
  • Dormir bem e controlar o estresse;
  • Seguir corretamente os tratamentos já indicados, principalmente em casos de outras doenças cardiovasculares.

Cuidar da saúde começa com informação de qualidade. Conhecer o próprio corpo, entender os sinais que ele dá e saber onde buscar apoio são passos importantes para viver com mais tranquilidade e segurança. 

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