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Como cuidar da saúde do coração com hábitos simples

Você sabe como está a sua saúde do coração? Essa é uma pergunta importante, porque muitas vezes não percebemos que algo pode estar errado até que o problema já esteja instalado.

O que comemos, o quanto nos movimentamos, como lidamos com o estresse e até a qualidade do sono têm impacto direto no funcionamento do coração. Mesmo sem sinais claros, esses fatores aumentam o risco de desenvolver doenças cardiovasculares ao longo do tempo.

A boa notícia é que há muito a fazer para mudar esse cenário. Ao longo do artigo, você descobrirá hábitos simples que ajudam a proteger o coração, entenderá quais sinais merecem atenção e conhecerá os exames que permitem acompanhar a saúde cardíaca de forma segura.

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Por que a saúde do coração merece atenção?

As doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), citada em reportagem do jornal O Globo, cerca de 17,9 milhões de pessoas morrem por ano devido a doenças que afetam o coração e os vasos sanguíneos.

Esses números representam aproximadamente um terço de todas as mortes globais, o que reforça a necessidade de atenção constante à saúde cardiovascular.

No Brasil, a situação também é preocupante. Dados do Observatório da Saúde Pública indicam que mais de 400 mil brasileiros morrem anualmente devido a problemas como infarto, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral

Apesar da gravidade, muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas. Ainda segundo a OMS, agora citada em artigo da Agência Brasil, 80% dos casos de doenças cardiovasculares têm origem em fatores modificáveis, como:

  • Sedentarismo;
  • Alimentação inadequada;
  • Consumo de tabaco;
  • Abuso de álcool;
  • Falta de acompanhamento médico regular.

Por isso, promover a saúde do coração vai além do tratamento. Envolve prevenção, informação e mudanças no estilo de vida que fazem toda a diferença ao longo do tempo.

Quais são os fatores de risco mais comuns para problemas cardíacos?

As doenças do coração costumam se desenvolver de forma silenciosa, especialmente quando os fatores de risco não são controlados. Entre os mais comuns estão:

  • Hipertensão arterial: quando a pressão sanguínea nas artérias se mantém elevada, forçando o coração a trabalhar mais do que o necessário;
  • Colesterol alto: o excesso de colesterol ruim (LDL) acumular placas nas artérias, dificultando o fluxo sanguíneo;
  • Tabagismo: o cigarro danifica os vasos sanguíneos, acelera a obstrução arterial e aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial;
  • Sedentarismo: a falta de atividade física compromete a circulação, favorece o ganho de peso e eleva o risco de hipertensão, diabetes e colesterol alto;
  • Diabetes: níveis elevados de glicose no sangue podem danificar os vasos sanguíneos e aumentar significativamente o risco de doenças cardíacas.

Além de entender esses fatores, é importante estar atento aos sinais do corpo, como:

  • Dor ou pressão no peito;
  • Falta de ar;
  • Cansaço incomum;
  • Palpitações, tontura ou pernas inchadas.

Sintomas assim devem ser investigados por um profissional, especialmente se forem recorrentes ou surgirem sem motivo aparente.

6 hábitos que favorecem a saúde do coração

Manter uma alimentação balanceada

Nem sempre é fácil mudar a forma como nos alimentamos. O dia a dia corrido, a praticidade dos ultraprocessados e até o cansaço na hora de cozinhar acabam nos afastando de escolhas mais saudáveis

Mas cuidar da alimentação não precisa ser complicado. Algumas mudanças simples, feitas aos poucos, já ajudam o coração a funcionar melhor:

  • Incluir mais legumes e verduras nas refeições;
  • Reduzir o uso de sal e temperos industrializados;
  • Evitar produtos ultraprocessados, como embutidos e refrigerantes;
  • Preparar a própria comida sempre que possível;
  • Observar o tamanho das porções, sem exageros;
  • Fazer escolhas mais conscientes ao comer fora de casa.

A ideia não é seguir uma dieta rígida, mas sim cultivar o hábito de olhar com mais atenção para o que vai ao prato. Seu corpo, e especialmente o seu coração, sentem essa diferença.

Praticar atividades físicas regularmente

A ideia de se exercitar pode parecer distante para quem não tem o hábito, sente dores, ou simplesmente não sabe por onde começar. Mas manter o corpo em movimento não precisa ser sinônimo de academia ou treinos intensos

Qualquer forma de atividade física já traz benefícios para o coração. Alguns caminhos possíveis para começar incluem:

  • Caminhar por 20 a 30 minutos em dias alternados;
  • Substituir o elevador pelas escadas, sempre que possível;
  • Dançar em casa, ao som de músicas que você gosta;
  • Pedalar, nadar ou fazer alongamentos leves;
  • Usar aplicativos ou vídeos com exercícios guiados;
  • Aproveitar o tempo com a família para se movimentar junto.

Com o tempo, o corpo responde: o fôlego melhora, o sono fica mais tranquilo e o bem-estar aumenta. A regularidade é mais importante do que a intensidade. E cada passo conta, especialmente quando o objetivo é cuidar do coração.

Ter um sono de qualidade

O sono influencia diretamente o funcionamento do coração, a regulação da pressão arterial e o equilíbrio de hormônios importantes para a saúde. Ou seja, dormir bem não é apenas uma questão de descanso.

Quando o sono é ruim, o corpo permanece em estado de alerta, o que pode sobrecarregar o sistema cardiovascular. Contudo, pequenas atitudes podem tornar a rotina noturna mais tranquila e favorecer o descanso:

  • Estabelecer horários regulares para dormir e acordar, inclusive nos fins de semana;
  • Evitar o uso de telas (celular, televisão, computador) pelo menos uma hora antes de dormir;
  • Fazer refeições leves no período da noite;
  • Criar um ambiente escuro, silencioso e confortável no quarto;
  • Evitar bebidas com cafeína no fim do dia;
  • Buscar ajuda médica caso exista dificuldade frequente para dormir.

Um sono de boa qualidade ajuda o corpo a se recuperar, fortalece a imunidade e contribui para o equilíbrio da saúde como um todo. E o coração, silenciosamente, sente esse cuidado.

Reduzir o estresse

O estresse faz parte da vida, mas quando se acumula sem espaço para pausa ou recuperação, pode afetar o coração de forma direta. 

Momentos de tensão constante provocam alterações no ritmo cardíaco, aumentam a pressão arterial e mantêm o corpo em estado de alerta por mais tempo do que ele consegue suportar.

Cuidar da saúde emocional é, também, uma maneira de proteger o coração. Abaixo, veja formas de aliviar a tensão e cuidar melhor de si:

  • Fazer pausas durante o trabalho para respirar com calma ou alongar o corpo;
  • Reservar momentos para atividades que tragam prazer e descanso mental;
  • Distribuir tarefas ao longo da semana, evitando acúmulo e sensação de urgência;
  • Praticar exercícios de relaxamento, como respiração profunda ou meditação guiada;
  • Falar com alguém de confiança sobre o que tem preocupado ou sobrecarregado;
  • Buscar apoio psicológico quando o cansaço emocional parecer difícil de contornar.

A criação de espaços para respiro, ainda que curtos, ajudam o corpo a sair do modo de alerta constante.

Evitar o consumo de tabaco e o excesso de álcool

Muitas pessoas recorrem ao cigarro ou à bebida em momentos de ansiedade, cansaço ou até por hábito social. Com o tempo, esses comportamentos se integram a rotina. Mas o coração sente.

O tabaco interfere diretamente na circulação, endurece os vasos sanguíneos e favorece o entupimento das artérias. Já o álcool, quando consumido em excesso, eleva a pressão arterial, desregula os batimentos e afeta a saúde do coração de forma silenciosa.

Repensar esses hábitos não é tarefa simples. Exige autoconhecimento, apoio e paciência. Um passo importante é encontrar alternativas que tornem essa mudança possível e menos solitária:

  • Identifique os momentos em que o consumo acontece com mais frequência;
  • Compartilhe sua decisão com pessoas de confiança;
  • Reduza a exposição a gatilhos, como ambientes ou situações que incentivam o hábito;
  • Substitua a prática por algo que traga conforto e distraia a mente;
  • Conte com apoio médico ou psicológico, principalmente se houver dependência envolvida;
  • Reforce cada progresso como um passo legítimo de cuidado com você.

Ao fazer escolhas mais conscientes, o corpo começa a responder com mais equilíbrio. E o coração, com mais tranquilidade.

Monitorar a pressão e o colesterol

Nem sempre o corpo dá sinais claros de que algo está errado. Pressão alta e colesterol elevado podem se desenvolver silenciosamente, sem causar sintomas no início, mas comprometendo aos poucos a saúde do coração.

Fazer exames com regularidade é uma forma de entender como o organismo está funcionando. Acompanhando esses números, é possível agir antes que surjam complicações e ajustar o que for necessário com apoio profissional.

Veja atitudes que ajudam a manter esse acompanhamento em dia:

  • Medir a pressão arterial com frequência, especialmente se houver histórico familiar;
  • Realizar exames de sangue para avaliar o colesterol total, LDL e HDL;
  • Manter o acompanhamento médico, mesmo na ausência de sintomas;
  • Seguir as orientações de tratamento com atenção e constância;
  • Anotar os resultados para acompanhar a evolução ao longo do tempo;
  • Conversar abertamente com o médico sobre dúvidas e mudanças de estilo de vida.

Que outros cuidados um paciente com marcapasso deve seguir?

Ter um marcapasso não significa abrir mão da qualidade de vida. Pelo contrário, o dispositivo existe justamente para dar mais segurança ao coração e permitir que a pessoa volte a realizar suas atividades com tranquilidade.

Ainda assim, é importante seguir algumas orientações no dia a dia para garantir o bom funcionamento do equipamento e a saúde do organismo como um todo.

Além dos hábitos que já fazem bem ao coração, como alimentação equilibrada, prática de atividade física, sono de qualidade e controle da pressão, quem vive com um marcapasso também deve ficar atento a:

  • Consultas regulares para acompanhar o funcionamento do dispositivo;
  • Atualização da carteira de identificação do marcapasso, sempre por perto;
  • Uso de celular no lado oposto ao implante, mantendo distância do local;
  • Evitar exposição a campos magnéticos intensos sem orientação médica prévia;
  • Informar médicos e profissionais da saúde sobre o dispositivo antes de exames ou procedimentos;
  • Relatar imediatamente qualquer sintoma diferente, como tontura, palpitação ou sensação de descompasso.

Com esses cuidados, o marcapasso cumpre seu papel de forma segura, e a pessoa pode retomar suas atividades com mais confiança. Acompanhar de perto a saúde é a melhor maneira de manter o dispositivo funcionando bem, e o coração também.

A importância do acompanhamento médico

Mesmo com uma rotina de cuidados bem estabelecida, contar com o acompanhamento médico é indispensável. Apenas ele poderá avaliar como anda a saúde do coração, identificar riscos e orientar decisões com base nas necessidades de cada fase da vida.

Manter esse vínculo também ajuda a dar continuidade aos hábitos que você já começou a cultivar. E, para quem quer se aprofundar e seguir aprendendo sobre como cuidar do coração no dia a dia, o blog da BIOTRONIK oferece conteúdos confiáveis e atualizados.

Veja algumas leituras recomendadas: